quarta-feira, 10 de junho de 2009

Navaconcejo

Não sei como lhe chamar... aldeia? povoação? Vou lhe chamar pueblo, que é como dizem cá por estes lados.

É um pueblo antigo, com pouco mais de 2200 habitantes. Não é um pueblo bonito, não tem casas bonitas, nem sequer jardins ou lagos. Tem uma coisa muito mais importante que tudo isto... tem pessoas, Pessoas bonitas, humildes, simples, simpáticas; pessoas que nos vêem durante 2 meses por ano e que nos tratam como se vivêssemos aqui, durante todo o ano. Sabem quem nós somos, sabem que somos os camionistas que "tiramos" daqui a cereja, falam comnosco, perguntam-nos para onde vamos se para Barcelona, se para Perpignan (França) e quando regressamos. Aqui toda a gente nos diz bom dia, boa tarde ou boa noite, quando não nos conhecem perguntam quem somos, donde somos e o que fazemos aqui e é rara a pessoa que não esboça um sorriso, quando dizemos o que fazemos aqui.

Grande parte do pueblo (ou todo) vive do cultivo, da apanha e da venda da cereja. Familias inteiras, pai, mãe, filhos, avós, tios, primos, crianças (que colam nas caixas os autocolantes que definem o calibre da cereja)... Começam a trabalhar às 6 da manhã, na apanha, até à hora do almoço, pela tarde escolhem as cerejas e dividem-nas por calibre, nas garagens das próprias casas e ao fim do dia, vende-nas a cooperativas ou pequenos vendedores, que por sua vez vendem a grandes mercados.

Este Vale é deslumbrante, a serra é enorme e ao longe avistam-se os cerejos. O rio Jerte compõe uma paisagem linda, limpa e tranquila.

(gostava de saber escrever bem, fazer frases bonitas utilizando muitos sinónimos e adjectivos, para poder passar para aqui tudo o que vejo)

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