O melhor desta profissão

Poder estar na companhia do meu marido.
Se não tivesse esta profissão, o mais provável era estar em Portugal, a trabalhar para ganhar o ordenado mínimo, ou na melhor das hipóteses estaria desempregada a viver ás custas dele. Mas o pior de tudo seriam as saudades, um mês inteiro sozinha, cheia de macaquinhos na cabeça, a pensar no que ele andaria a fazer, a lembrar-me dele sozinho na lata. E eu ali, em casa a disfrutar do nosso sofá, a comer a horas certas, a tomar banho sempre que me apetecesse e a dormir sozinha numa cama de 1,60m...
Assim, estamos juntos, não há saudades (um do outro), não há macaquinhos na cabeça, nenhum dos dois disfruta do sofá, comemos e tomamos banho, sempre que podemos e dormimos separados, porque as camas aqui da lata são pequenas demais para dormirmos juntos e eu tenho muito mau dormir!!!

O ordenado que ganho.
Com os estudos que tenho, era muito difícil arranjar um trabalho tão bem remunerado.

Aqui não há rotina.
Todos os dias estou num sítio diferente, como num sítio diferente, durmo num sítio diferente, vejo pessoas diferentes, oiço idiomas diferentes, os caminhos não são, os mesmos todos os dias e há dias que nem trabalho.

As pessoas que conheço.
Tenho conhecido pessoas muito interessante, a maior parte colegas de profissão, os camionistas NÃO SÃO, feios, porcos, maus e sem cultura ou inteligência, como a maioria das pessoas pensa. Claro, que há pessoas assim, mas no geral são pessoas normais, como todas as outras, com os seus defeitos, qualidades e virtudes.

Os Países que conheço.
Cada um diferente do outro, cada um com sua cultura, cada um com sua gente, sua organização, suas leis e cada um com sua beleza.

Turismo.
Às vezes lá calha! E tenho a sorte de poder conhecer grandes cidades. Tenho para mim que se não fosse esta profissão, não saía de Portugal!